tag:blogger.com,1999:blog-90925899949333020562024-03-14T01:40:03.574-03:00Quero InfinitoUma segunda tentativa de levar adiante um blog com minhas divagações.Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-72815279094116443892011-09-10T00:11:00.005-03:002011-09-10T01:08:08.871-03:00ABC"Ouvir Fagner? Céus, meu rapaz, você quer cortar os pulsos?", poderia indagar a primeira pessoa que me visse (ou ouvisse em alto som) escutando um álbum do nosso ilustre músico, compositor e, sim, poeta.<br /><br />Há poucos dias, busquei um pouquinho da obra do cara, além das "Borbulhas de Amor".<br /><br />E achei essa obra, disco homônimo, de 1976.<br /><br />Identifiquei-me muito com <span style="font-style:italic;">ABC</span>. Pude perceber em 'estado de graça' que a maioria das palavras 'perambulam' em meu cotidiano.<br /><br />Para os curiosos, vai a música, e um trecho de outra, <span style="font-style:italic;">Sangue e Pudins</span>, que me levou encontrar o disco, e a famosa <span style="font-style:italic;">Sinal Fechado</span>, faixa de abertura. E um link malandro pra baixar o álbum inteiro ao final.<br /><br /><iframe width="420" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/Vo2CHq5WDdk" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br /><iframe width="420" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/dtAv16mP6Y4" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br /><iframe width="420" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/OcqaZaktOdE" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />https://rapidshare.com/#!download|789dt|429955925|-_Fagner_-_Raimundo_Fagner__1976_.zip|57919|R~618EAF7A20A1F634A659910B797651A3|0|0Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-81453757925963693772011-08-31T20:16:00.005-03:002011-08-31T20:20:52.641-03:00Saudade, irmã...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-cJ2Uad_wAZY/Tl7BUy5A7uI/AAAAAAAAAD4/7Q-MuaJ3_6k/s1600/539.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 192px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-cJ2Uad_wAZY/Tl7BUy5A7uI/AAAAAAAAAD4/7Q-MuaJ3_6k/s320/539.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5647163545771634402" /></a>
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<br /><iframe width="420" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/1VEZO53M0OA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-23603801499716488752011-08-22T09:13:00.000-03:002011-08-22T09:14:16.347-03:00Um ano de fidelidadeÉ necessário, amigos, contar-lhes o bem que a empresa NET fez ao meu cotidiano.
<br />Sim, essa empresa pela qual sempre mostrei ingratidão! Cumpre agora demonstrar o sentimento oposto.
<br />Pois bem! Graças à NET, desde o dia 13 de agosto (ah, número sagrado, a se meter no mundo das coincidências), não convivo mais com os danos da conectividade. Sendo mais claro, estou sem internet!
<br />Não, não é só isso também estou sem TV a cabo. Mas, o que vem a acrescentar tal ausência em meu cotidiano?
<br />Ora, amigo, quem nunca ficou sem internet ou TV não encontrou o sabor de poder ler calmamente um livro sem algo para desviar-lhe a atenção. De poder ouvir detalhes não descobertos daquela sinfonia de sua coleção de compositores da música clássica sem ser incomodado com a ruidosa janelinha do MSN piscando em sua frente.
<br />Consta também dizer o incrível bem a saúde que a NET me fez. Sim, porque sem internet ou TV acabaram aquelas noites mal dormidas, horas perdidas em jogos online, nas redes sociais ou vendo aquele programa da madrugada, após o noticiário televisivo predileto. Ou seja, dormi mais e melhor! Ah, também tornei-me um homem mais produtivo no trabalho, mais disposto e menos mal humorado. Os amigos de redação não me deixarão mentir aqui.
<br />Agora, perguntam-me o que fiz para merecer tamanha gentileza da NET?
<br />Simples, senhores, eu mudei de endereço residencial. E a NET não muda o serviço se você tiver qualquer débito a vencer, seja com vencimento a poucos dias do pedido, seja poucos dias depois.
<br />Como todo paciente vítima das patologias mentais, insisti no vício. Argumentei com todas as forças a tal empresa. Usei o SAC para pedir a mudança. E fui mais radical! Disse que não queria mais o serviço. Vejam só, que ingrato eu! Pois pedi para cancelar o serviço. O motivo, perguntou-me a atendente do telemarketing, após a chata gravação eletrônica masculina da empresa que lembra um filhinho de papai todo gentil nas perguntas – “Entendi! Agora, para entender melhor o que você deseja, disque 1 para.., 2 para..., e 9 para nos mandar ao raio que o parta!”.
<br />O motivo, claro, “Estou insatisfeito com a empresa, pois o serviço foi interrompido apenas por um débito. Não fizeram a mudança de endereço”. Um mísero débito entre dezenas que já paguei. Atrasado, confesso. Mas nunca deixei de pagá-los!
<br />Após ouvir a mesma explicação que me fora repassada anteriormente, como cliente precavido e ciente de meus desastrosos atos – leia-se assinatura de contrato- perguntei se haveria multa por rescisão contratual. “Como seu plano fidelidade foi aberto em novembro, há o prazo de um ano para fazer cancelar o serviço sem multa. Se o cancelamento ocorrer antes, o valor é proporcional ao tempo que resta de fidelidade. Como o senhor é assinante da internet... blá... blá... blá..., do pacote... blá... blá..., são R$ 120,00. O senhor quer cancelar mesmo assim?”.
<br />Respirei fundo, com toda a força de minha contrariação: “Não! Continuarei com o serviço”.
<br />Sim, continuarei, afinal hoje sou um homem de maior vigor atlético. Com um probleminha no carro, caminhei umas 9 quadras até o local público com sinal de internet grátis só para lhes contar essa pequena história. Abri os pulmões para receber o mais puro ar dominical de fim de tarde de inverno guarapuavano. Isso inclui uma garoa deliciosa no rosto! Ah, o ser humano e o irresistível contato com a natureza!
<br />Mas não esquecerei o favor que a NET me fez e lhe retribuirei com a gratidão COMBO!! Em novembro, comemorarei 1 ano de matrimônio, 1 ano de FIDELIDADE. Como? Pegarei o contrato que tenho guardado em uma de minhas pastas e gritarei pela janela de modo que todos meus vizinhos ouçam: “Estou comemorando 1 ano de FIDELIDADE a esta empresa tão querida!”. Como gesto nobre de minha parte, atearei fogo ao contrato e jogarei os pedaços carbonizados aos quatro ventos! Lindo, não?
<br />Melhor ainda. Surge-me agora a ideia de oferecer-lhe minha mais nobre refeição: o desjejum! Sim, qual momento mais sagrado que o café-da-manhã??! Vou picar o contrato e mergulhar no meu leite com ovomaltine. Comerei de colherinha. Terei as vitaminas A, B, C, todo o alfabeto de nutrientes! E nem precisarei fazer uma sopa para isso!
<br />Assim, espero continuar a vida saudável que a NET me deu. Que assim, seja, amém!
<br />Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-11501395067145966122011-08-22T09:12:00.000-03:002011-08-22T09:13:32.905-03:00Alguns graus de febreO termômetro apontou a febre. Mas esse termômetro não passava de uma simples luz piscante em um painel. Não havia qualquer temperatura para conferir ou aparelho para apalpar entre os dedos. Parei, abri o capô no meio do caminho – era um simples fim de tarde de sábado, luz do sol esvaindo, no trajeto para o mercado mais distante, infeliz tentativa de economizar alguns reais. Cabeçote do motor, ok. Fluidos, ok. Para garantir, pedi ao moço do posto para me emprestar um pano ou papel para checar novamente a vareta de óleo. Ele veio prestativo e conferiu o nível. Estava exatamente no meio das indicações mínima e máxima. “Já tive um Ka também, e de vez em quando ele faz dessas. Dá uma piscadinha, mas não é nada demais. Pode ser problema do painel”.
<br />“Humpf”... pensei. Meu Ka não é um simples Ka. É o meu Ka, ora essa! As duas únicas vezes que o painel mostrou anormalidades, não falhou! Que diabos o meu tem a ver com o dele??! Infeliz tentativa em me conformar diante de minha expressão facial fechada, garanto! Lembro bem: a primeira denúncia aconteceu quando apresentei o Trabalho de Conclusão de Curso da pós-graduação, em Ponta Grossa. Quando viajava mais cansado que aliviado pela bomba de nervosismo que fora a apresentação – decepcionante, pois éramos eu, o orientador e os avaliadores em uma claustrofóbica sala a esmiuçar aquele artigo horrível, já que o senso crítico não havia perdido àquela altura – eis que me pisca a luz do freio. Chegando em casa, no final de uma viagem de pouco mais de uns 250 quilômetros, se não me falha a falta de internet para checar a distância de Guarapuava até lá. Alcançava 1h da manhã de uma fatídica sexta-feira de fim de julho. Parei em um posto, peguei o manual do carro que carrego à porta – um amigo que é melhor nem citar já tirou sarro por consultar manuais e por tantas outras coisas que não cito para não me chamar de rancoroso – e descobri ser o freio o problema. Fazia sentido, pois a luz piscava justamente nas curvas em que cravava o pé no pedal do meio. Parei em um posto também e o experiente frentista matou a charada! É o fluido de freio. Menos mal, o que me custo uns 20 ou 30 reais a época. O frasco nem se foi inteiro... continua guardado, envolvido em uma sacola para não vazar, na porta do meu carro.
<br />A outra vez em que piscou o painel foi no Natal do ano passado. Ah, garanto que não foi tão tranqüilo quanto na primeira. Eu tinha o carro há mais de 9 meses – era meu filho, e dando trabalho – e vazava óleo. Não sabia de onde. Meu avô, caminhoneiro em décadas passadas, não sabia de onde saía aquele vazamento. Compreensível, pois devia dirigir Alfa Romeos, Fiats, Mercedes-Benz onde tudo era muito simples, não um pequeno carro de rua cheio de eletrônica e até direção hidráulica. Após chamar o amigo de igreja, que apesar da imensa boa vontade, não soube identificar o problema, voltei com suas bênçãos e preocupações para Alto Piquiri – lhe trazia a Umuarama numa viagem de 40 km, onde passou a data com outros familiares meus. Parei no trevo, liguei do celular de minha tia que me fazia companhia na viagem ao meu pai informando o infortúnio: “acendeu a luz do aquecimento. Daqui, não saio, só um guincho me tira”. Para ser franco, não foi bem com essas palavras. Mas o sentido é o mesmo, fica o gracejo.
<br />Mas, e aí, o que aconteceu? Após 40 km cuidando do meu rebento de lata e plástico amarrado em cabos de aço, chacoalhando-se longe das minhas mãos, fui saber que era uma mangueira arrebentada. Mais um dia e um mecânico tira uma peça de aço, o tal do coxim, arrebentado. O motivo? O que mais haveria de ser, senão estradas esburacadas para quebrar uma peça de aço, bem na junção de parafusos?
<br />Uma coisa é preciso ser dita. Meu carro há meses faz ruídos. E sabe por quê? Por culpa de governantes inescrupulosos! Se caio na estrada, caio nos buracos. Se caio na cidade, caio de novo nos buracos!Diga-me, que equipamento por mais conservado e cuidado que seja resiste a um enredo lunar como esses? Nunca fui de gostar de queijos suíços, quanto mais em asfalto! Cabe dizer que moro em Guarapuava e que uso o carro para viagens de Ivaiporã a Umuarama/Alto Piquiri. Passo por cidades como Quinta do Sol (para não dizer os quintos de alguma coisa menos apreciável).
<br />Mas todo esse rodeio para voltar ao termômetro. Voltei à rua e nada mais se apresentou. Fiz as compras e dei um bom intervalo para resfriar o motor. Só que não bastou 10 minutos de quarta marcha para esquentar de novo. No estacionamento de outro mercado – aqui em Guarapuava não se consegue fazer uma compra completa em um lugar só, pois os preços divergem e tuas preferências nunca são atendidas – notei o barulho da ventoinha. Sim! É aquela peça tal qual um ventilador que resfria o motor. Aquilo não parava de funcionar. Só quando eu tirava a chave da ignição.
<br />No fim, voltei para casa sem saber qual o mal acometia o pequeno “Johnmóvel’. Reconheço o patético apelido que dei, não fosse o carinho que sinto pelo primeiro bólido 1.0 que tenho em mãos. O primeiro de todos – nem se virão outros, porém aperta o coração ter de passá-lo a frente mais alguns meses, logo ele, com o qual sorri em felicidade passageira, chorei em momentos tristes, suspirei em amores, descobri pessoas e lugares desconhecidos, passei calor, frio, enfrentei chuvas, neblinas densas, curvas sinuosas. Se pudesse, o colocaria em um museu particular de coisas que resistem ao tempo. É... Dói saber que terei de levá-lo ao médico. De novo! Não lhe bastavam os freio ruidosos, o rolamento arrebentado pela querida gestão pública de ruas e estradas.
<br />Pior é não saber do que se trata. A febre parece daquelas de gripe passageira. O menino está andando muito bem na rua, com as mesmas linhas arredondadas a la Niemeyer – quanta pretensão de minha parte! A Ford vai me dar comissão agora – o mesmo ronco bravo de motor novo, o tamanho pequenino, tão bem adaptado aos pequenos espaços de nossas cidades. Que delícia irresistível é estacionar meu pequeno frente a uma dessas banheiras de traseiras afinas ou empinadas, gastonas dos guarapuavanos – créative technologie – bah!
<br />Espero que seja apenas uma pecinha de nada a botar meu pequeno em febre... Mas, é engraçado, infeliz leitor desse mal escrito, como personificamos um monte de aço, plástico e fluidos. Maldita miséria de nossas coisas pequenas!
<br />Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-90991383209958325572011-08-18T20:54:00.003-03:002011-08-18T21:10:54.132-03:00Da chuva ao exílioChove lá fora, e forte. Mas a água que sinto está perto.
<br />É a água onde pairo, flutuante, observando paisagens.
<br />Belezas não desbravadas ou pouco conhecidas.
<br />Água de tristeza que corre incessante,
<br />Por somente observar nascer e pôr do sol.
<br />De só ver e nada fazer, sem pé na estrada, sem se mover.
<br />De só enxergar os limites de si, distância do outro.
<br />Falta não temer, venha o que vier, venha quem vier.
<br />Liberdade é sair do domínio da melancolia.
<br />Quebrar a máscara carrancuda da repetição.
<br />Dizer, falar, gritar!
<br />Infinitas possibilidades...
<br />Isso, liberdade!
<br />
<br /><iframe width="420" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/df-eLzao63I" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-50927715199702047162011-01-20T22:11:00.004-02:002011-01-21T01:40:35.094-02:00Pelo UniversoCéus, libertai-me de minha natureza material,<br />Dilua sons de cítara pelo universo,<br />Leve cheiros de rosa pelo ar,<br />Mande brilho azul de uma galáxia distante.<br /><br /><iframe title="YouTube video player" class="youtube-player" type="text/html" width="640" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/8uQegOAK91Q" frameborder="0" allowFullScreen></iframe><br /><br />P.S.: Antes que alguém fale "Mas a música é violão...". Digo: "E daí?!"Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-53676509008592967802010-12-28T22:23:00.007-02:002010-12-28T22:52:53.443-02:00MergulhoDe repente, cansou-se! Não quer mais sentir a areia. Grãos finos unidos em fortes rajadas. Por muito tempo, linhas desconexas levantaram-se do solo fino, até juntarem-se todas. A tempestade durou horas. Ou foram dias? Meses, talvez. O tempo dilatou-se em material espesso, a colidir sobre o corpo. O uivo do vento abafava o único som que poderia vir na paisagem deserta. Batidas de coração céleres. Medo. Buscava o mar. Não encontrava. Olhos irritados e cerrados, pés centímetros sob chão fofo. Até que sentiu-lhes. Ampliou os sentidos. Moveu-se até conseguir se desfazer da terra pesada. Veio o choque. A água bateu forte! Escorreu a terra na pele. Mais! molhou o rosto e atirou-se à primeira onda. Densa e forte. Acostumou-se ao frio das correntes líquidas. Retornou à superfície. No rastro do sol cadente, azul escuro. Imensidão. A lua cheia corta o céu. Encontro com a penumbra. Sombra de nós mesmos. Procura o amanhecer. Labirinto cósmico da alma.<br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_9wmHjxNwaV0/TRqDmNhYz8I/AAAAAAAAADo/SZdVC8Rdz0M/s1600/eclipse_art_web.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 231px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_9wmHjxNwaV0/TRqDmNhYz8I/AAAAAAAAADo/SZdVC8Rdz0M/s320/eclipse_art_web.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555897782802894786" /></a>Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-60428319590208796552010-12-16T23:23:00.003-02:002010-12-17T00:42:22.244-02:00Aos intolerantesTem muita gente por aí que precisa aprender com o Ferreira Gullar...<br /><br /><strong>Raiz da intolerância</strong><br /><br /><em>Ninguém representa maior ameaça à liberdade do outro do que quem se considera dono da verdade. E a lógica que conduz da certeza inquestionável ao linchamento do discordante é simples: "se eu estou com a verdade e ele discorda de mim é que ele está com a mentira, e não se pode deixar que a mentira prospere". Logo, calar o mentiroso (ou o traidor da verdade) é um bem que se faz à pátria ou à humanidade ou a Deus ou ao partido.<br />Existem verdades de diferentes pesos e, conforme o peso, mais grave ou menos grave será o erro praticado pelo discordante. Por exemplo, se minha verdade consiste em afirmar que o futebol-arte é melhor que o futebol-força, o máximo que pode resultar disto serão algumas tiradas irônicas mas, se estou convencido de que minha seita é a única que incorpora a verdade do Cristo Salvador, aí o discordante está do lado do Diabo, a encarnação do Mal.<br />Até hoje me surpreendo com o que a igreja católica fez com os supostos hereges durante a Inquisição. Inventaram-se os mais sofisticados aparelhos de tortura para obrigar o acusado a confessar sua aliança com o Demônio. O coitado estava num beco sem saída: se não confessava era submetido a todo tipo de suplício; se confessava, era queimado vivo. Mal dá para acreditar que tais crueldades eram praticadas por religiosos, que pregavam a misericórdia e o amor ao próximo. Mas a coisa é de uma lógica simples e aterradora: exatamente por amarem a Deus e ao próximo, não podiam permitir que o herege fosse arrastado pelo Demônio às chamas eternas do inferno. Dentro desta perspectiva, a tortura e a morte na fogueira eram atos piedosos, a mais alta demonstração de amor ao próximo que a Igreja podia dar aos seus filhos!<br />Pode parecer descabido falar hoje de uma coisa tão antiga quanto a Inquisição. Mas não é. O governo do Irã condenou à morte, há poucos anos, o escritor Salman Rushdy por ter escrito um livro considerado ofensivo ao Corão? E o que é a fúria homicida de Bin Laden e seus seguidores senão a expressão da intolerância dos que julgam estar de posse da verdade divina? Mas não só a convicção religiosa intolerante conduz à necessidade de exterminar o "infiel". A convicção político-ideológica também. Há exemplo mais lamentável de intolerância e barbárie que o nazismo? E que dizer do stalinismo? Lembro-me do comentário de uma amiga minha, companheira no partido comunista, a propósito da notícia de que um escritor soviético dissidente tinha sido internado num manicômio.<br />-Tem que ser internado mesmo. Para discordar de um regime que só visa o bem do povo, o cara só pode estar louco.<br />Por isso é que o espírito crítico - e particularmente o autocrítico - é essencial. Sem ele não há tolerância e conseqüentemente não há democracia. E só pode ter espírito autocrítico quem admite não ser dono da verdade e, mesmo, que não existem verdades absolutas, inquestionáveis. Este, aliás, é o ponto principal e sobre ele gostaria de tecer algumas considerações.<br />Já escrevi aqui, mais de uma vez, que quem aceita a complexidade do real - do mundo, da vida - não pode ser sectário - dono da verdade - quem simplifica as coisas, ignora que todo problema contém diversos lados e contradições. Lidar com essa complexidade é, sem dúvida, difícil e desconfortável; muito mais cômodo é afirmar: "aquele sujeito é um imbecil" - em lugar de tentar entender as suas razões. Isto se vê a todo momento, especialmente nas discussões políticas. É a tática de desqualificação do outro. Em lugar de responder a seus argumentos, afirmo que ele é safado, desonesto, mau caráter.<br />Veja bem, quando digo que se deve ser tolerante e que não existem verdades absolutas, não estou pregando o abandono das convicções firmes e das atitudes éticas. Umas e outras devem ser fruto do conhecimento e da reflexão, os quais nos conduzirão inevitavelmente a reconher que a realidade excede nossa capacidade de abrangê-la integralmente. O conhecimento e a reflexão nos conduzem à modéstia e à tolerância. Quando perguntaram a Marx qual a virtude intelectual que mais admirava, ele respondeu: a dúvida.</em><br /><br />De "Coleções Melhores Crônicas - Ferreira Gullar".Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-59700416450688501872010-10-09T01:17:00.002-03:002010-10-09T01:52:04.610-03:00E aí, John?70 anos, John.<br />E se vivesse por mais 30?<br /><br />Teria composto canções?<br />Teria lançado mais discos?<br />Teria escrito livros?<br />Estaria com Yoko?<br />Irritaria os fãs?<br />Gritaria pelo povo?<br />Encontraria Chapman?<br />Rasgaria os jornais?<br />Detestaria o papa?<br />Sumiria do mapa?<br />Velaria George?<br />Rejeitaria web?<br />Suportaria hipocrisia?<br />Estaria em palco?<br />Continuaria a sonhar?<br /><br />E aí, John?<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/CCMstGj4_pw?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/CCMstGj4_pw?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-3421764034915234912010-10-02T00:27:00.004-03:002010-10-02T00:47:02.602-03:00Mundo NovoLibertação.<br />Elis Regina, na letra de Gonzaguinha, canta bem isso.<br />Perco-me na música.<br />Nela descubro porque viver faz sentido.<br />É a busca incessante dessa liberdade, do Mundo Novo.<br />Dentro da gente.<br /><span style="font-weight:bold;"><br />Mundo Novo, Vida Nova</span><br /><br /><span style="font-style:italic;">Buscar um mundo novo, vida nova<br />E ver, se dessa vez, faço um final feliz<br />Deixar de lado<br />Aquelas velhas estórias<br />O verso usado<br />O canto antigo<br />Vou dizer adeus<br />Fazer de tudo e todos bela lembrança<br />Deixar de ser só esperança<br />E por minhas mãos, lutando me superar<br />Vou traçar no tempo meu próprio caminho<br />E assim abrir meu peito ao vento<br />Me libertar<br />De ser somente aquilo que se espera<br />Em forma, jeito, luz e cor<br />E vou<br />Vou pegar um mundo novo, vida nova<br />Vou pegar um mundo novo, vida nova.<br /></span><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/AvNmyWM-Qe4?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/AvNmyWM-Qe4?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-17176939020266373612010-09-09T23:38:00.005-03:002010-09-09T23:51:46.171-03:00Sugestão para fugasTem se tornado chato ultimamente falar de fuga de presos na província em que vivo.<br />Nos últimos 3 meses, 3 fugas da cadeia.<br />E se for contar as tentativas que os policiais acabam frustrando, a estatística já aumenta um pouco.<br />E olha que estava tudo tranquilo. Quando já se passava reto do fim da folha de julho para o início da de setembro, eis que surge outro episódio.<br />E lá vem as perguntas que estou cansado de fazer, a velha procura por novos caminhos pra tratar o assunto, que quase chegam as mesmas respostas... superlotação, falta de vagas, escassos funcionários.<br /><br />Mas, por obra do acaso, encontrei esse texto do Rubem Alves que brinca com tema semelhante.<br /><br /><em>- Sugestão prática para resolver nosso problema penitenciário: Leio que o “Bóris“, criminoso da quadrilha do Andinho, fugiu da penitenciária. Parece que os criminosos fogem das penitenciárias quando querem. É claro que é preciso pôr um fim a esse estado de coisas. Aí eu tive uma idéia brilhante: é normal que os governos estabeleçam convênios de cooperação: um ajuda o outro. Acontece que a penitenciaria de Alcatraz, a mais famosa de todas, foi desativada. Ela está localizada num local aprazível, charmoso, cobiçado por turistas, uma ilha na baía de S. Francisco com vista para a Golden Gate Bridge, se não me engano. Pensei: que desperdício! Aquela fortaleza magnífica, vazia. Aí pensei que o governo brasileiro poderia fazer um convênio com o governo Bush: em troca da nossa cooperação no combate ao terrorismo, o governo americano nos alugaria Alcatraz, para o combate ao crime. Nada mais prático. Pois é certo que os criminosos se sentiriam felizes por estar num lugar tão privilegiado, tão famoso. Não quereriam fugir. Viveriam a gozar as delícias daquele condomínio cercado por mar e poderiam se dedicar a atividades que eventualmente comoveriam o seu coração e os tornariam sábios e ordeiros... É preciso notar, também, que sobre aquela região paira a possibilidade de um terremoto gigantesco que levaria tudo para o fundo do oceano.</em><br /><br />Rubem Alves. "Quarto de Badulaques (VIII)". Correio Popular, 31 de março de 2002.Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-22206292420233097742010-09-04T09:17:00.005-03:002010-09-04T22:24:50.033-03:00Na memóriaPalavra é fugidia. O sentimento transborda, o pensamento voa na lembrança. As horas passam em recordações que avançam o silêncio da noite no encontro ao dia. O ponteiro corre diante de tantos momentos especiais para recordar.<br />Se ganhassem telas, as galerias seriam infinitas. Quadros pintados a múltiplas mãos em profusão de cores sem obedecer a convenções ou formas. Tinta para todos os lados. O brilho ofuscaria quem olhasse. Se assumissem a projeção de um filme, faltaria película para retratar tanta coisa. Instantes de magnífica beleza de vida, vivida intensamente. Lições de que à memória não cabe o espaço, não cabe o tempo, não há métrica que dê a medida.<br />Mas em toda essa imensidão, Andressa, o teu sorriso aparece em toda a parte. Com o nome de princesa que te foi dado, nada mais justo ser lembrada pela ternura do gesto mais simples e encantador. E é assim que tem acontecido nos últimos dias. Todos devem ter lembrado esse sorriso de feição angelical e um olhar diferente. Há algo de perfeição, irmã, de divino na forma com que o espalha em todas as recordações.<br />É difícil buscar sentido ou respostas. Mas para mim, o sorriso que aparece na memória não exige explicações. Apenas envia a mensagem de que é preciso viver com alegria e braços abertos para o mundo.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_9wmHjxNwaV0/TII56AVhngI/AAAAAAAAACo/MoYwynlHR2Q/s1600/O+olhar+diz+tudo,+o+meu+ent%C3%A3o....jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_9wmHjxNwaV0/TII56AVhngI/AAAAAAAAACo/MoYwynlHR2Q/s320/O+olhar+diz+tudo,+o+meu+ent%C3%A3o....jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5513032562540387842" /></a><br /><br />Andressa<br /><br />*16/12/1988 + 31/08/2009<br /><br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/geDHzXg56UU?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/geDHzXg56UU?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-7396117868167507072010-08-17T21:16:00.005-03:002010-08-17T21:25:56.078-03:00PatriarcasAo telefone, Saulo perguntou à irmã, Anita, o que seu pai precisava.<br />-Ele está sem chinelo. Da última vez que fui lá, estava usando um muito simples e velho.<br />Era a deixa para Saulo. Comprou o chinelo, percorreu 215 km e entregou o presente. O pai, Jair, não é daqueles que se queixa se alguém vai se lembrar dele ou não no Dia dos Pais. Vive com a mulher Guta, que já perdeu as contas dos anos vividos, em uma casa aos fundos de outra num declive que os esconde do resto do mundo. Ele, com 78, e ela, 79, vêem apenas o alvorecer e a noite cair no resto de vida que há de se levar.<br />-Quantos anos vou fazer? Setenta e...?<br />-Nove, responde Jair. Difícil cobrar à memória embaralhada pelo tempo daquela senhora quantos anos já viveu. Às vezes, tal como criança, maldiz a casa, que não cabe mais nas lembranças dispersas.<br />Mas Jair abriu um sorriso diferente aquele dia. Por trás dos óculos amarelados e da pele flácida do rosto magro, carregava o brilho no olhar de ser lembrado. Não era só o chinelo que lhe fazia contente, trançado em couro qual sandália, envolvendo pela primeira vez pés finos, alvos, base reta e grossa. Era o beijo que o filho cinquentenário vinha lhe trazer, o alívio de passar um breve tempo juntos a conversar na varanda. Eles, as esposas e um neto de Jair, Jorge, num dia de sol descortinado por tanto tempo de chuva e frio.<br />E falaram da vida, de parentes, da reforma no banheiro da casa. Riram, lamentaram, conformaram e despediram-se. Jair acompanhou Saulo, sua nora Aurora e o neto, dos fundos até o portão. Guta já não sobe mais degraus e rampas e fica com a diarista, que por vezes é cuidadora.<br />Mas as pernas finas de Jair ainda o levam. Chorou mais uma partida entre tantas e agradeceu a visita. Religiosamente, terminou com o “Vão com Deus”. E foram.<br /><br />*******<br /><br />Nos fundos da casa, cheiro de churrasco. Era Zé que assava pedaços suculentos de filé ao sol quente do começo de tarde em agosto. Boné na cabeça para proteger a careca e os poucos cabelos ao redor, brancos como as nuvens, que resolveram não aparecer no céu daquele dia. A carne na grelha de uma pequena churrasqueira sempre foi a especialidade e a melhor forma de receber os entes queridos. Reunião de família sem o churrasco não era reunião de família.<br />-Eles gostam bem passada. Mas essa aqui ‘tá meio no ponto’. Belisca aí.<br />Queixava-se ainda não estar tudo pronto.<br />Saulo e a filha Aurora acabam de chegar. Não tardou para que ela mostrasse à mãe Maria e à irmã Elis o presente que daria ao pai. O sobrinho, o pequeno João Paulo, 4 pequenos anos, logo arrancou a sacola da mão e correu sala adentro, cozinha e varanda.<br />-Vô, vôôô. Ó o teu presente, gritou subindo a escada.<br />O vô Zé riu sem jeito e achando graça. Tirou a caixa da sacola e abriu. Era um perfume, presente favorito, com o qual banhava-se depois da ducha diária. A caixa azul, semelhante ao perfume da propaganda na TV, logo provocou alvoroço no menino.<br />-Era bem esse que eu queria dar.<br />O vô preocupado com a proximidade do presente com a churrasqueira, já ia pedindo pra guardar. Mas logo foi interrompido.<br />-Não vai me dar um abraço?<br />-Papagaio come milho, periquito leva a fama! sacou a tia Aurora.<br />Entre gargalhadas, João Paulo ganhou o abraço forte do Vô Pai.<br /><br />*******Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-52215903681597391032010-07-14T21:31:00.002-03:002010-07-14T21:39:29.550-03:00Pra quê dizer que a vida é mesmo assim???Tinha que ser do Hebert Viana!!!<br />Tinha que apertar o play justo nela hoje...<br />Nada acontece por acaso!<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/3EOD-hJOwd4&hl=pt_BR&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/3EOD-hJOwd4&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Quando Você Não Está Aqui</span><br /><br /><span style="font-style:italic;">Composição: Herbert Viana / P. C. Valle</span><br /><br />Prá quê dizer que a vida é mesmo assim?<br />Prá quê negar que estou longe de mim ?<br />Sonhando com você, sonhando em te rever, prá quê?<br /><br />Prá quê buscar palavras na razão?<br />Me diz, prá quê?<br />Se gente é coração, se insisto em te querer e não sei<br />te esquecer, prá quê?<br /><br />Quando você não está aqui, é sempre noite sem luar e sem fim<br />Quando você não está aqui, nem as estrelas vão brilhar pra mim<br /><br />Prá quê dizer que o sonho é uma ilusão?<br />Prá quê buscar pra tudo explicação?<br />Quem ama é sonhador, eu só tenho um amor, você<br /><br />Quando você não está aqui, é sempre noite sem luar,e sem fim<br />Quando você não está aqui, nem as estrelas vão brilhar pra mim<br /><br />Prá quê dizer que a vida é mesmo assim?<br />Prá quê negar que estou longe de mim?<br />Sonhando com você, sonhando em te rever...prá quê?Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-76119817125507890422010-07-14T00:41:00.005-03:002010-07-14T01:05:00.430-03:00Beija-flor<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_9wmHjxNwaV0/TD03FUvaisI/AAAAAAAAACQ/Kb0zFtvzeKk/s1600/tango-a-t-guillermo-y-silvia.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 202px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_9wmHjxNwaV0/TD03FUvaisI/AAAAAAAAACQ/Kb0zFtvzeKk/s320/tango-a-t-guillermo-y-silvia.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493607685068327618" /></a><br /><br />Aperta firme a delicada mão da dançarina.<br />Aproxima-se... rápido movimento.<br />Puxa pelo braço esquerdo.<br />Com o direito, lance rápido.<br />Apoio a pequenas costas.<br />O tecido liso... do vestido, da pele.<br />Acima, o grosso ombro do paletó.<br />Ela elástica, ele inabalável.<br />Paralisia do instante.<br />Cheiro<br />Olhos cerrados<br />Beija-flor<br /><br /><br /><br />(A foto não é minha. É de um espetáculo chamado "Tango a Tierra", São Paulo, março de 2007. Pena que não encontrei o crédito)Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-60607164895318689322010-07-05T22:21:00.003-03:002010-07-05T22:30:49.616-03:00Canta, Gal Costa, fala por mim!Canta, Gal Costa, canta!<br />Você sabe bem cantar a paixão. Expressa o que quero dizer, mas nem sei como, a alguém que amo tanto. Dizes um pouco de um dos momentos mais lindos que vivi.<br /><br /><strong>Te Adorar</strong><br />Gal Costa<br /><em>Composição: Lokua Kanza/ Carlos Rennó</em><br /><br />Nada mais me atrai<br />Que tua tez morena, ai, ai, ai.<br />Talvez por eu ser o teu servo,<br />Com certa obsessão a observo.<br /><br />Nada faz brilhar<br />E agrada mais ao meu olhar;<br />Pois se eu te vejo, meu buquê,<br />Vejo o que eu mais desejo ver...<br /><br />A te adorar, parado em ser teu par,<br />A te adorar, dourar, dourar...<br />Te ver me dar tudo que és,<br />Da cabeça até os pés.<br /><br />Nada mais me traz<br />Felicidade e paz<br />Do que ver-te, ver-te sorrir;<br />É como sorver um elixir.<br /><br />Fico a te focar;<br />Mergulho fundo no teu olhar.<br />Mesmo quando o gozo já vem,<br />Eu me afundo bem ali e além...<br /><br />A te adorar, parado em ser teu par,<br />A te adorar, dourar, dourar...<br />Te ter, me dar a tudo que és,<br />Da cabeça até os pés.<br /><br />Te adorar...<br />Te adorar, dourar, dourar...<br />Te ver me dar tudo que és,<br />Da cabeça até os pés.<br /><br />Te adorar...<br />Te adorar, dourar, dourar...<br />Te ver me dar tudo que és,<br />Dez mil vezes, mil vezes dez!<br /><br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/mkpWh5RsR94&hl=pt_BR&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/mkpWh5RsR94&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-32629472658567354672010-06-22T22:36:00.006-03:002010-06-22T23:14:28.577-03:00Mergulho musicalHá certas músicas que parecem tão nossas... E nem se sabe o motivo. Não adianta tentar explicar, porque basta que ela toque e uma sensação estranha, um sentimento intenso vai preenchendo a alma, sem explicação. Comigo, há aquelas que tocam em alguns momentos. Deixei os deveres da vida (que me gritavam) de lado e me peguei ouvindo hoje "The Division Bell", do Pink Floyd. É meu grupo de rock favorito, mas tinha dado um tempo. No entanto, voltei a ouvi-lo e tirei esse álbum dos arquivos.<br />Bem, poderia dizer que "Wearing the inside out" talvez fosse a minha canção agora. Essencialmente introspectiva, é própria de quem está saindo de suas sombras. Você mergulha, mergulha, e depois busca a luz com todas as forças. O mar é você mesmo.<br /><br />Mas quando falo da sensação estranha no início do texto, não é dessa música que falo. É de "Poles Apart". É simplesmente linda! Arrepia fácil. Transborda! Não tenho vergonha em dizer que dá vontade de chorar, não de tristeza, mas de emoção. E nem preciso fechar os olhos para sentir tudo isso. Inexplicável...<br /><br />Pra saber do que estou falando, confira, com vídeo, letra original, tradução e tudo o mais. Poderia escrever, escrever, mas qualquer adjetivação é limitada:<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/sVWxFDMCC3Y&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/sVWxFDMCC3Y&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><strong>Poles Apart</strong><br /><br />Did you know...<br />It was all going to go so wrong for you<br />And did you see it was all going to be<br />So right for me<br />Why did we tell you then<br />You were always the golden boy then<br />And that you'd never lose that light in your eyes<br /><br />Hey you...<br />Did you ever realise what you'd become<br />And did you see<br />That it wasn't only me you were running from<br />Did you know all the time<br />But it never bothered you anyway<br />Leading the blind<br />While I stared out the steel in your eyes<br /><br />The rain fell slow<br />Down on all the roofs of uncertainty<br />I thought of you and the years<br />And all the sadness fell away from me<br />And did you know...<br /><br />I never thought that you'd lose<br />That light in your eyes<br /><br /><br /><strong>Extremos Opostos</strong><br /><br />Você sabia...<br />Que tudo daria mal para você (?)<br />E você viu que tudo iria<br />Tão bem para mim (?)<br />Porque dissemos a você então (?)<br />Você sempre fora o garoto-de-ouro naqueles tempos<br />E você nunca perderia aquele brilho no olhar<br /><br />Ei você...<br />Você já conseguiu perceber o que você tornou (?)<br />E você viu<br />Que não era só de mim que você fugia (?)<br />Você sabia o tempo todo<br />E isso nunca te incomodou (?)<br />Liderando os tolos<br />Enquanto eu observava a frieza em seus olhos<br /><br />A chuva caiu lenta<br />Abaixo nos telhados da incerteza<br />Eu pensei sobre você e todos os anos<br />E toda a tristeza caiu sobre mim<br />E você sabia... (que)<br /><br />Eu nunca pensei que você perderia<br />Aquele brilho no olhar (?)<br /><br /><br />Obs.: Quem quiser ouvir todo o disco, é facinho achar na rede. Não vão se arrepender.<br />Obs. 2: Foi difícil achar um vídeo da música. Esse só tem a capa do álbum, mas isso é o que menos importa.Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-60450509477689522712010-06-20T23:07:00.002-03:002010-06-20T23:09:51.210-03:00AnjoSe eu pudesse, mandaria um anjo ao lado das pessoas que mais amo. Esse anjo as acolheria entre os braços e lhes transmitiria todo o calor necessário, quando o frio chegasse. Se o choro viesse na angústia das noites da alma, ele limparia as lágrimas. Daria um abraço forte, inteiro, em que se une uma mão a outra. Depois, apertaria a cabeça sobre o peito pra fazer um cafuné, em gesto devagar com as mãos. Passaria os dedos entre os cabelos, até que viesse o sono, tranquilo, completo. Durante a noite, o anjo ficaria ao lado, pra certificar que não houvesse perturbação por qualquer ruído. Os sonhos seriam os mais belos, sem energias ruins, um mundo de amor entre as pessoas. E o anjo permaneceria ali, cobrindo com as mãos quentes de afeto. O despertar viria sob a beleza dos primeiros raios de sol do dia. E tudo teria passado, como se nada houvesse acontecido.Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-81583433447040331492010-06-19T21:52:00.001-03:002010-06-19T21:54:27.206-03:00DescalçaMenina descalça<br />Pontas dos dedos<br />A sentir o mundo<br />Sob os seus pés.<br />A grama fria<br />Logo esquenta<br />Em um grande calor<br />Que emana do ser<br />Vive a captar<br />A energia natural<br />De todas as coisas<br />E depois transmite<br />No fluído corporal<br />É suor a mostrar<br />Que vive plena!<br />Caminha ao vento<br />Em carícia com a terra<br />Dedos lisos e molhados<br />De frente para o vento<br />Encontram outros dedos<br />De alguém feliz<br />Em sentir o toque<br />Da ardente brasa<br />Na relva florida<br />onde emaranham pés<br />Origem dos corpos<br />unidos em pernas, troncos,<br />braços que se abraçam, <br />em sagrada dança.<br />Ah, menina descalça!<br />Que ainda caminha<br />No coração deste sonhador.Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-6443390007374639582010-05-08T23:12:00.003-03:002010-05-08T23:44:21.412-03:00Drummonianas<span style="font-weight:bold;">Lira do amor romântico </span><br /><br /> Ou a eterna repetição<br /><br /> Atirei um limão n’água<br /> e fiquei vendo na margem.<br /> Os peixinhos responderam:<br /> Quem tem amor tem coragem.<br /><br /> Atirei um limão n’água<br /> e caiu enviesado.<br /> Ouvi um peixe dizer:<br /> Melhor é o beijo roubado.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> como faço todo ano.<br /> Senti que os peixes diziam:<br /> Todo amor vive de engano.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> como um vidro de perfume.<br /> Em coro os peixes disseram:<br /> Joga fora teu ciúme.<br /><br /> Atirei um limão n’água<br /> mas perdi a direção.<br /> Os peixes, rindo, notaram:<br /> Quanto dói uma paixão!<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> ele afundou um barquinho.<br /> Não se espantaram os peixes:<br /> faltava-me o teu carinho.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> o rio logo amargou.<br /> Os peixinhos repetiram:<br /> É dor de quem muito amou.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> o rio ficou vermelho<br /> e cada peixinho viu<br /> meu coração num espelho.<br /><br /> Atirei um limão n’água<br /> mas depois me arrependi.<br /> Cada peixinho assustado<br /> me lembra o que já sofri.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> antes não tivesse feito.<br /> Os peixinhos me acusaram<br /> de amar com falta de jeito.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> fez-se logo um burburinho.<br /> Nenhum peixe me avisou<br /> da pedra no meu caminho.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> de tão baixo ele boiou.<br /> Comenta o peixe mais velho:<br /> Infeliz quem não amou.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> antes atirasse a vida.<br /> Iria viver com os peixes<br /> a minh’alma dolorida.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> pedindo à água que o arraste.<br /> Até os peixes choraram<br /> porque tu me abandonaste.<br /><br /> Atirei um limão n’água.<br /> Foi tamanho o rebuliço<br /> que os peixinhos protestaram:<br /> Se é amor, deixa disso.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> não fez o menor ruído.<br /> Se os peixes nada disseram,<br /> tu me terás esquecido?<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> caiu certeiro: zás-trás.<br /> Bem me avisou um peixinho:<br /> Fui passado pra trás.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> de clara ficou escura.<br /> Até os peixes já sabem:<br /> você não ama: tortura.<br /><br /> Atirei um limão n’água<br /> e caí n’água também,<br /> pois os peixes me avisaram,<br /> que lá estava meu bem.<br /><br /> Atirei um limão n’água,<br /> foi levado na corrente.<br /> Senti que os peixes diziam:<br /> Hás de amar eternamente.<br /><br /> <span style="font-weight:bold;"> As sem-razões do amor</span> <br /><br /> Eu te amo porque te amo.<br /> Não precisas ser amante,<br /> e nem sempre sabes sê-lo.<br /> Eu te amo porque te amo.<br /> Amor é estado de graça<br /> e com amor não se paga.<br /><br /> Amor é dado de graça,<br /> é semeado no vento,<br /> na cachoeira, no eclipse.<br /> Amor foge a dicionários<br /> e a regulamentos vários.<br /><br /> Eu te amo porque não amo<br /> bastante ou demais a mim.<br /> Porque amor não se troca,<br /> não se conjuga nem se ama.<br /> Porque amor é amor a nada,<br /> feliz e forte em si mesmo.<br /><br /> Amor é primo da morte,<br /> e da morte vencedor,<br /> por mais que o matem (e matam)<br /> a cada instante de amor.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">A língua lambe</span><br /><br />A língua lambe as pétalas vermelhas<br />da rosa pluriaberta; a língua lavra<br />certo oculto botão, e vai tecendo<br />lépidas variações de leves ritmos.<br /><br />E lambe, lambilonga, lambilenta,<br />a licorina gruta cabeluda,<br />e, quanto mais lambente, mais ativa,<br />atinge o céu do céu, entre gemidos,<br /><br />entre gritos, balidos e rugidos<br />de leões na floresta, enfurecidos.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Para sempre</span><br /><br />Por que Deus permite<br />que as mães vão-se embora?<br />Mãe não tem limite,<br />é tempo sem hora,<br />luz que não apaga<br />quando sopra o vento<br />e chuva desaba,<br />veludo escondido<br />na pele enrugada,<br />água pura, ar puro,<br />puro pensamento.<br /><br /><br />Morrer acontece<br />com o que é breve e passa<br />sem deixar vestígio.<br />Mãe, na sua graça,<br />é eternidade.<br />Por que Deus se lembra<br />- mistério profundo -<br />de tirá-la um dia?<br />Fosse eu Rei do Mundo,<br />baixava uma lei:<br />Mãe não morre nunca,<br />mãe ficará sempre<br />junto de seu filho<br />e ele, velho embora,<br />será pequenino<br />feito grão de milho.Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-76443488497588544542010-05-08T22:36:00.001-03:002010-05-08T22:38:52.076-03:00DentroMe escondi<br />Pra não ter que ver você dizer<br />Coisas que eu não merecia ouvir<br />Era você ou eu<br /><br />Escolhi<br />O pior lugar pra me esconder<br />Me tranquei por dentro de você<br />E não sei mais sair<br /><br />Pela rua penso em ti<br />Volto em casa, penso em ti<br />No trabalho sem querer<br />Quando vejo tô pensando em você<br />E surgi de onde eu não imaginei<br />E aprendi que eu nunca sei<br />Enganar meu coração<br /><br />Escrevi frases soltas pelo chão<br />Esperei você dormir<br />Pra jurar minha paixão<br /><br />Escolhi<br />O pior lugar pra me esconder<br />Me tranquei por dentro de você<br />E não sei mais sair<br /><br />Pela rua penso em ti<br />Volto em casa, penso em ti<br />No trabalho sem querer<br />Quando vejo tô pensando em você<br />E surgi de onde eu não imaginei<br />E aprendi que eu nunca sei<br />Enganar meu coração<br /><br />Escrevi frases soltas pelo chão<br />Esperei você dormir<br />Pra jurar minha paixão<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/FRrigRaQNoQ&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/FRrigRaQNoQ&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-92169356134204330152010-05-08T01:01:00.002-03:002010-05-08T01:07:35.491-03:00O último pôr-do-solA onda ainda quebra na praia,<br />Espumas se misturam com o vento.<br />No dia em que ocê foi embora,<br />Eu fiquei sentindo saudades do que não foi<br />Lembrando até do que eu não vivi<br />pensando nós dois.<br /><br />Eu lembro a concha em seu ouvido,<br />Trazendo o barulho do mar na areia.<br />No dia em que ocê foi embora,<br />Eu fiquei sozinho olhando o sol morrer<br />Por entre as ruínas de santa cruz lembrando nós dois<br /><br />Os edifícios abandonados,<br />As estradas sem ninguém,<br />Óleo queimado, as vigas na areia,<br />A lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos,<br />Por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas<br /><br />Pois no dia em que ocê foi embora,<br />Eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,<br />O último homem no dia em que o sol morreu<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/qoeBK1MxI_U&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/qoeBK1MxI_U&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-13908722283029523232010-05-04T08:50:00.002-03:002010-05-04T08:55:02.447-03:00VigíliaNa noite fria e escura<br />Sem a presença da lua<br />Abaixo da janela me deitei<br />Uma fresta aberta eu deixei<br />Só para ouvir Ela chegar<br /><br />Passava um carro<br />E mais uma dezena<br />Mas nenhum deles<br />Trazia a minha morena<br /><br />Mas minha não é mais<br />Ficaram lembranças de outras chegadas<br />Uma até com rosas embrulhadas<br />Que não quero esquecer, jamais.Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-73426199576161449622010-05-01T02:31:00.003-03:002010-05-01T02:36:05.237-03:00O inexplicávelHá pessoas com quem você não se consegue desligar. São tantas coisas vividas juntos que o tempo vira mera arbitrariedade, convenção tão pequena, ínfima... Ah, régua humana limitada! Fica um elo tão forte que a tentativa de negá-lo, mesmo que a toda força, torna-se a maior das brigas. É conflito tempestuoso, doloroso, porque saltam canhões a apontar contra... si mesmo. A tentativa de preencher o vazio deixado vira uma batalha injusta com aquilo que se sente. Porque fica a ânsia pelo arroubo, o impulso de vida vindo daquela energia que circulava até há pouco tempo. A essência ainda está ali, impregnada em você, em algum lugar que não consegue explicar, por mais que vasculhe os cantos da alma. Mas, como em um teatro shakesperiano, afloram os dramas humanos, em dúvidas, incertezas. E se há trilha sonora, violinos abrem uma sinfonia em tom agudo, num lamento entrecortado por flautas, clarinetes, trompas e trombones. Os instrumentos somam-se nessa orquestra descontrolada, formando um tutti, que retoma o agudo dos violinos ao final. A vontade é de mudar a sinfonia ou a peça, mas se percebe que nem tudo é tão simples. Fica o desejo de algo sem fim, com um perfume de rosas a cobrir e resgatar a força de momentos felizes. Em cena, pétalas se juntam num mosaico imenso, sem que se consiga ver o horizonte, celebrando o encontro. Que desse impulso imaginativo elas se materializem e o vento as carregue por léguas, nem que sobre ao menos uma delas...Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9092589994933302056.post-15260160948028150852010-02-15T23:26:00.002-02:002010-02-15T23:33:50.082-02:00Catch The Wind<br /><br />(Segure o Vento)<br /> <br />In the chilly hours and minutes,<br />Nas horas frias e minutos,<br /><br />Of uncertainty, I want to be,<br />De incerteza,eu quero estar,<br /><br />In the warm hold of your loving mind.<br />No calor seguro de sua mente amorosa.<br /> <br />To feel you all around me,<br />Sentir você a minha volta,<br /><br />And to take your hand, along the sand,<br />E pegar sua mão, ao longo da areia,<br /><br />Ah, but I may as well try and catch the wind.<br />Ah, mas eu posso também tentar e pegar o vento.<br /><br /> <br />When sundown pales the sky,<br />Quando o pôr-do-sol empalidecer o céu,<br /><br />I wanna hide a while, behind your smile,<br />Eu quero me esconder um instante, atrás do seu sorriso,<br /><br />And everywhere I'd look, your eyes I'd find.<br />E todos que eu olharia, seus olhos eu encontraria.<br /> <br />For me to love you now,<br />Para eu te amar agora,<br /><br />Would be the sweetest thing, 'twould make me sing,<br />Seria a coisa mais doce, me faria cantar,<br /><br />Ah, but I may as well, try and catch the wind.<br />Ah, mas eu posso também, tentar e pegar o vento.<br /> <br />When rain has hung the leaves with tears,<br />Quando a chuva derrubou as folhas com lágrimas,<br /><br />I want you near, to kill my fears<br />Eu quero você por perto, para matar os meus medos<br /><br />To help me to leave all my blues behind.<br />Para me ajudar a deixar todas as tristezas para trás.<br /> <br />For standin' in your heart,<br />Ficar no seu coração,<br /><br />Is where I want to be, and I long to be,<br />É onde eu quero estar, e muito tempo estar,<br /><br />Ah, but I may as well, try and catch the wind.<br />Ah, mas eu posso também, tentar e pegar o vento.<br /><br /><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/LREIPfDLYks&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/LREIPfDLYks&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object>Joãohttp://www.blogger.com/profile/05279812370425752093noreply@blogger.com0