domingo, 20 de junho de 2010

Anjo

Se eu pudesse, mandaria um anjo ao lado das pessoas que mais amo. Esse anjo as acolheria entre os braços e lhes transmitiria todo o calor necessário, quando o frio chegasse. Se o choro viesse na angústia das noites da alma, ele limparia as lágrimas. Daria um abraço forte, inteiro, em que se une uma mão a outra. Depois, apertaria a cabeça sobre o peito pra fazer um cafuné, em gesto devagar com as mãos. Passaria os dedos entre os cabelos, até que viesse o sono, tranquilo, completo. Durante a noite, o anjo ficaria ao lado, pra certificar que não houvesse perturbação por qualquer ruído. Os sonhos seriam os mais belos, sem energias ruins, um mundo de amor entre as pessoas. E o anjo permaneceria ali, cobrindo com as mãos quentes de afeto. O despertar viria sob a beleza dos primeiros raios de sol do dia. E tudo teria passado, como se nada houvesse acontecido.

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