Palavra é fugidia. O sentimento transborda, o pensamento voa na lembrança. As horas passam em recordações que avançam o silêncio da noite no encontro ao dia. O ponteiro corre diante de tantos momentos especiais para recordar.
Se ganhassem telas, as galerias seriam infinitas. Quadros pintados a múltiplas mãos em profusão de cores sem obedecer a convenções ou formas. Tinta para todos os lados. O brilho ofuscaria quem olhasse. Se assumissem a projeção de um filme, faltaria película para retratar tanta coisa. Instantes de magnífica beleza de vida, vivida intensamente. Lições de que à memória não cabe o espaço, não cabe o tempo, não há métrica que dê a medida.
Mas em toda essa imensidão, Andressa, o teu sorriso aparece em toda a parte. Com o nome de princesa que te foi dado, nada mais justo ser lembrada pela ternura do gesto mais simples e encantador. E é assim que tem acontecido nos últimos dias. Todos devem ter lembrado esse sorriso de feição angelical e um olhar diferente. Há algo de perfeição, irmã, de divino na forma com que o espalha em todas as recordações.
É difícil buscar sentido ou respostas. Mas para mim, o sorriso que aparece na memória não exige explicações. Apenas envia a mensagem de que é preciso viver com alegria e braços abertos para o mundo.
Andressa
*16/12/1988 + 31/08/2009
Ônibus 4010-32 (cont.)
Há 4 meses
2 comentários:
Fiquei sem chão e com uma vontade infinita de estar perto para poder te dar um abraço.
Se atira nessa vida, João.
Preserva essa lembrança do sorriso que cativou até quem não teve chance de presenciá-lo.
Confesso que é um texto lindo, daqueles de comentários difíceis. Desnecessários.
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